sábado, 16 de julho de 2011

Redução de peso aumenta fertilidade

excesso de peso está relacionado a vários outros problemas de saúde nas mulheres, entre eles ainfertilidade e distúrbios relacionados aofuncionamento do úterodisfunções sexuais eaumento nas taxas de abortamento. A boa notícia é que um novo estudo, apresentado pela Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, mostrou que a redução de peso está realmente relacionada ao aumento da fertilidade feminina e melhora do desejo e satisfação sexual.
A pesquisa avaliou 566 mulheres com obesidade mórbida, incluindo 31 pacientes com o diagnóstico de SOP (Síndrome do Ovário Policístico), causado por um desequilíbrio hormonal. Deste total, seis delas queriam ter filhos e conseguiram engravidar três anos após o procedimento cirúrgico que auxiliou na eliminação do peso. "É comprovado que a fertilidade aumenta no período pós-cirúrgico, mas pedimos às pacientes para que esperem pelo menos um ano antes de tentar engravidar, pois esse é o período que ela ainda está eliminando peso", destaca o cirurgião membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Dr. Roberto Rizzi.
A infertilidade nas mulheres com obesidade mórbida é causada por uma alteração na produção de insulina, que interfere nos ciclos menstruais, provoca diminuição ou parada de ovolução e níveis elevados de hormônios. O excesso de gordura atrapalha ainda a produção do hormônio responsável pela gonadotropina (GnRH), essencial para a ovulação. "Mulheres obesas que pensam em ser mãe precisam de um acompanhamento médico prévio, pois, além da dificuldade para conseguir engravidar, o risco de uma gestação complicada é muito alto. Quanto maior o grau de obesidade, maior o problema para a mulher e para o feto", ressalta Dr. Rizzi.
Outro estudo realizado nos Estados Unidos, na Brown University School of Medicine, avaliou 54 mulheres em idade sexualmente ativa com obesidade mórbida antes e depois de serem submetidas à cirurgia bariátrica, ou "cirurgia de redução de estômago". Antes do procedimento cirúrgico, 63% das mulheres apresentaram algum problema de disfunção sexual. As pacientes que foram submetidas à cirurgia perderam em média 60% do peso em seis meses e, em uma nova avaliação, apenas 32% das mulheres ainda apresentavam alguma disfunção sexual.
No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, pelo menos 3,5 milhões de pessoas estão em estado de obesidade mórbida, ou seja, estão com pelo menos 40 quilos acima do peso corporal ideal.